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Representantes da indústria do vestuário de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul definiram agenda única a ser defendida pelos três estados

Encontro foi realizado em Curitiba no último dia 11/11

Estancar o processo de desindustrialização pelo qual passa o setor têxtil e do vestuário, buscar soluções para questões trabalhistas que dificultam a atuação das empresas e aumentar a representatividade e a união do segmento.  Essas são as prioridades conjuntas que a indústria de confecção da região Sul do país deve adotar para aumentar sua competitividade nos próximos anos. A agenda única de demandas foi definida por empresários de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que nesta sexta-feira (11) se reuniram no primeiro fórum do setor da região, realizado na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba.

Durante o 1º Fórum Sul do Setor Têxtil e do Vestuário, os empresários apontaram as dificuldades e demandas de cada um dos estados e chegaram a 13 questões prioritárias comuns a todos. Delas, foram eleitas as três que precisam de soluções mais emergenciais para garantir a competitividade do setor.

O que nos preocupa muito hoje é a grande importação de produtos não apenas da China, mas de outros países asiáticos, afirmou o empresário Sérgio Pires, presidente da Câmara Têxtil da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). No Brasil, temos qualidade, equipamentos, mão de obra e matéria prima suficientes. Mas os custos de produção deixam a indústria têxtil brasileira pouco competitiva, acrescentou.

Com isso, nos últimos anos o país abriu as portas para uma verdadeira enxurrada de artigos têxteis de vestuário importados. Segundo levantamento do Departamento Econômico da Fiep, a importação de têxteis subiu de R$ 1,2 bilhão registrado em 2005 para os R$ 3,9 bilhões já alcançados em 2011. No caso dos artigos de vestuário, o valor das importações cresceu de R$ 259 milhões para R$ 1,6 bilhão no mesmo período.

O empresário João Paulo Reginatto, diretor do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e Malharias da Região Nordeste do Rio Grande do Sul (Fitemasul), afirma que esta situação já fez com que fosse iniciado um processo de desindustrialização do setor no Brasil. A indústria têxtil e de vestuário é a segunda que mais gera empregos no Brasil, mas nos últimos 5 anos já perdemos de 300 mil a 400 mil postos de trabalho no segmento, disse Reginatto.

Prioridades

Por conta desse cenário, o combate ao processo de desindustrialização do setor foi eleito como a principal prioridade que deve ser alvo da mobilização dos empresários. A intenção é cobrar soluções para que a indústria brasileira possa competir em igualdade de condições com os concorrentes estrangeiros. Entre as sugestões está a adoção de políticas efetivas de defesa comercial, com a criação, por exemplo, de medidas compensatórias para as empresas nacionais.

Além disso, os empresários consideram fundamental encontrar soluções para questões trabalhistas que prejudicam as empresas. Uma das principais demandas diz respeito à regulamentação e simplificação das normas para contratação de trabalhadores terceirizados.

Os representantes de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também elegeram como prioridade o fortalecimento da união dos empresários do setor. Nós, da região Sul, somos grandes produtores e nossa união vai dar maior visibilidade às reivindicações do setor, afirmou Sérgio Pires, da Fiesc. Precisamos ganhar força para mobilizar não só o governo como as entidades representativas para a defesa do setor?, acrescentou.

Além de apontar as questões prioritárias para o setor, os empresários dos três estados debateram ações práticas que devem ser adotadas pelo Fórum Sul para que se alcancem as mudanças necessárias. Uma delas diz respeito a uma maior aproximação com a Frente Parlamentar da Indústria do Vestuário no Congresso Nacional e também com os deputados e senadores de cada estado.

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